De acordo com os textos analisados pretendo contextualizar, ou não, <- AI AI AI. O QUE É ESSES "OU NÃO" NO MEIO DO TXT? duas linhas epistemológicas na minha práxis em Educação Ambiental. O inatismo, já preliminarmente discutido em sala de aula, sendo todo o conhecimento prévio, hereditário com auto-suficiência na aprendizagem. O behaviorismo, ou teoria comportamental, que está pautada no estímulo – resposta, pela interação indivíduo ambiente. Os processos de aprendizagem não me parecem tão simplistas assim, tão compartimentados. A Educação Ambiental, que ainda está constituindo-se de corpo, de alma no campo da educação, não domina nem discute com profundidade as teorias de aprendizagem no âmbito das ciências do comportamento no contexto de uma sociedade sustentável. Na medida em que humanizo a natureza eu me naturalizo, na perspectiva de ser natureza gero respostas a partir do mundo material que é assimilado pelos meus saberes. <- ISSO É DIALÉTICO? A subjetividade brota desse entendimento. Considero que o conceito de meio ambiente está vinculado ao conceito de Educação Ambiental. A base teórica deste ensaio está apoiada na visão sistêmica da vida. De acordo com Reigota (1995) meio ambiente é... o lugar determinado ou percebido onde os elementos naturais, sociais estão em relações dinâmicas, em interação. Essas relações implicam processos de criação cultural, tecnológica, processos históricos, sociais de transformação do meio natural, do meio construído. Vinculo o conceito de meio ambiente ao conceito formulado por Capra (1994) a cerca da visão ecológica da vida que se fundamenta no estado de inter relação, na interdependência de todos os fenômenos físicos, biológicos, psicológicos, sociais, culturais. A amarração ou não <- ISSO É UM CACOETE DA ESCRITAdesses conceitos irá estabelecer que concepção de Educação Ambiental vou adotar: atividades pontuais - vinculadas a datas/eventos relativos ao meio ambiente, atividades com ênfase na ação - práticas voltadas para a resolução de problemas concretos, sem haver aprofundamento nem discussão sobre os mesmos, atividades de conhecimento, sensibilização - contato com a natureza, com ênfase na observação, no estudo dos ecossistemas, na biodiversidade ou na elaboração coletiva de projetos político pedagógicos - nos quais são estudadas as realidades para o entendimento dos problemas ambientais, com objetivo de criar soluções, elaborar estratégias de longa duração voltadas para o ambiente próximo. Entender a interdependência ecológica significa entender relações. Isso determina as mudanças de percepção que são características do pensamento sistêmico - das partes para o todo, de objetos para relações, de conteúdo para padrão. Uma comunidade humana sustentável está ciente das múltiplas relações entre seus membros. Nutrir a comunidade significa nutrir essas relações. Estamos hoje passando por um processo forte de adjetivação da Educação Ambiental. É crítica, é complexa, é pós-moderna? Não sei. Sei que ela é por que é. Sei que quando me deparo com uma comunidade que tem uma relação direta com seu meio, sustentada pelos recursos naturais, à mercê das relações de opressão de um modo de produção que não está preocupado com herança genética, com conhecimento prévio, com nada, apenas com o lucro, a mais valia que sustenta um sistema do ter mais. Como posso interagir nesse meio com teorias lúcidas, nominativas da aprendizagem, do comportamento? Posso descrever o fenômeno, discutir a sua essência, seu fundamento a partir das práticas sociais que me permitam comunicar uma leitura de mundo. De certa forma essas pessoas ajustam-se ao seu ambiente pela herança cultural, por hábitos. Que transformação se pretende, que outra forma esse contexto pode gerar outros comportamentos, outras atitudes, outros hábitos? Essa é a questão. Racionalmente não me permito, nem me atrevo a declarar ou anunciar qual teoria de aprendizagem a Educação Ambiental se aproxima. Realmente não sei, nem sei se quero saber. Pensar a Educação Ambiental na escola então fica mais difícil, uma vez que me deparo com um currículo mimeografado de tinta roxa, em que a avaliação quantitativa é o critério, tendo a exclusão do pensar no agir premente. Assim professor, essas teorias são alienígenas na minha prática. Fala-se tanto em conhecimento ecológico tradicional, em transmissão do conhecimento de geração para geração... Assim entro em conflito. Não serão estas teorias miscigenadas? A Educação Ambiental como tema transversal, interdisciplinar, transdisciplinar não abarcaria o empírico, o comportamental, o apriorismo, o relacional? Não sei se as teorias cabem aí. Não sei nada. Boaventura de Sousa Santos (1987) em seu paradigma emergente postula que todo conhecimento científico-natural é científico-cultural, todo conhecimento é local e total, todo conhecimento é auto-conhecimento, todo conhecimento científico visa constituir-se em senso comum. Uma vez que considero o ser humano natural, cultural, tecnológico, ético, histórico, estético, político essas teorias me parecem muito limitadas, limitantes. Não vejo como enquadrar, postular uma tendência, uma base epistemológica. A Educação Ambiental que se diz emancipatória, transformadora se apóia na possibilidade de mudança de paradigma. Talvez com isso uma nova epistemologia educacional seja necessária se configurar nesse cenário.
Referências:
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. São Paulo : Cultrix, 1994.
REIGOTA, Marcos. Meio ambiente e representação social. São Paulo : Brasiliense, 1995.
SANTOS, Boaventura de Souza. Um Discurso sobre as Ciências. Porto : Afrontamento, 1987.
Referências:
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. São Paulo : Cultrix, 1994.
REIGOTA, Marcos. Meio ambiente e representação social. São Paulo : Brasiliense, 1995.
SANTOS, Boaventura de Souza. Um Discurso sobre as Ciências. Porto : Afrontamento, 1987.
QUERIDA CARLA,
DESTA VEZ, FUGISTE DO TEMA. AVANÇASTE PARA ALÉM DA BORDA. PRECISO VER MAIS ESSAS DUAS CORRENTES NA TUA EXPLICAÇÃO SOBRE O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL? ONDE ESTÁ O EMPIRISMO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ? NOS ROTEIROS? NOS ESQUEMAS AUTOMATIZADOS DE ENSINO DE RECICLAGEM? NOS PANFLETOS INDICANDO COMPORTAMENTOS?
E VAMOS EM FRENTE...
JA
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