O inatismo considera que o homem já nasce pronto, ou seja, quase não sofre transformação. Estudiosos do inatismo defendem uma concepção de aprendizagem apriorista, tema já abordado em aulas anteriores. De acordo com essa teoria, o meio em que vivemos pouco interfere no processo de desenvolvimento das pessoas. O desenvolvimento do conhecimento compete restritivamente ao sujeito. O professor tem a função de facilitador. Desta forma, só interfere no aprimoramento do conhecimento e a maturação das potencialidades. Cria-se na sala de aula um ambiente de preconceitos. Os alunos que não aprendem, são rotulados por serem desprovidos de conhecimentos que deveriam ter trazido em sua bagagem hereditária. Neste aspecto, a responsabilidade de ensinar deixa de ser do professor. A capacidade de aprender ou não <- AI AI AI VEJA O POST DA CARLA é justificada por talentos ou problemas que o aluno apresenta. A aprendizagem apriorista nos leva a pensar que o ensino não tem mais jeito. O professor perde sua função. O aluno que não apresenta capacidades e habilidades para determinada área deve ser deixado de lado. Não vejo o ensino de Ciências baseado no inatismo. Durante minha experiência em Escola Pública Técnica Federal, tive alunos de diferentes classes sociais, onde o desempenho apresentado não se limitava ao poder aquisitivo, cultura ou laços parentais. Por isso, não acredito que a bagagem hereditária seja um fator determinante para a construção do conhecimento. Percebo que a aprendizagem é algo que nos remete a transformação. Transformação só ocorre se interagirmos <>com o meio. Os alunos devem ser remetidos a desenvolver respostas agindo sobre determinados eventos. <> Visto que a ação não depende exclusivamente do que o aluno traz em seus genes e sim de como ele reage diante das situações. Não acredito que apenas criar condições desperte a aprendizagem.
A outra tendência epistemológica estudo de nosso texto é o Behaviorismo, o qual entende que o comportamento se dá pela interação indivíduo-ambiente. Particularmente, por não entender que o comportamento seja uma ação isolada do sujeito, e sim uma interação entre o que o sujeito faz e o ambiente, tenho essa tendência pedagógica como uma útil ferramenta nas problemáticas relações sala de aula. Esta teoria de aprendizagem tem como destaque o psicólogo B. F. Skinner (1904-1990). Skinner chamou sua linha de estudo como behaviorismo radical, para designar uma filosofia da Ciência do Comportamento por meio da análise experimental do comportamento. Sua proposta defendia que o comportamento é decorrente da ação do indivíduo sobre o ambiente. Com isso desenvolveu uma nova unidade de análise de sua ciência: o comportamento operante. Segundo este, quando estamos diante de alguma necessidade o organismo age sobre o meio produzindo consequências que levam a aprendizagem dos comportamentos. Assim, agimos ou operamos sobre o mundo em função das conseqüências criadas pela nossa ação, é o estímulo reforçador, chamado reforço. O reforço é toda alteração ambiental, que, seguindo uma resposta, altera a probabilidade futura de ocorrência dessa resposta. Pode ser positivo ou negativo, porém sempre tornam o comportamento mais freqüente.
Esta linha de aprendizagem está mais próxima da realidade de uma aula de Química. Como exemplo, podemos citar fatos que ocorrem no primeiro ano de Cursos Técnicos Integrados. Geralmente temos turmas muito heterogêneas. Alunos vindos de Escolas Particulares e Públicas, diferentes realidades culturais e sociais. Nesta realidade, se for seguida a linha do inatismo, a aula vai ser dada para poucos alunos, deixando de lado muitos. A cultura que predomina entre os alunos que entram nas Escolas Públicas Federais é a do “sonho”. Querem realizar o sonho dos pais ou seguir o exemplo de um irmão, vizinho ou amigo que teve realizações profissionais ao sair da Escola Técnica. A Escola serve como um “realizador de sonhos” ou pelo menos apostam nisso. Outra situação dentro desta realidade são os alunos que passaram a maior parte da vida escolar em Escola pagas. Estes vêem a Escola Pública como um “reforço” nos estudos, a garantia de uma colocação na Universidade. Diante de tantas diferenças, acredito que o ambiente possa servir como um fator determinante na aprendizagem. A necessidade de reagir diante de uma nova realidade poderá permitir que os alunos aprendam os conteúdos a partir da ação sobre o meio.
A análise dos dois textos me leva a pensar que o Ensino de Química não se limita a esta ou aquela epistemologia de aprendizagem. A aprendizagem não deve condicionar respostas e sim levar os alunos a pensamentos críticos. A teoria de aprendizagem aplicada pelo professor envolve um elaborado estudo frente às diferentes situações que enfrentará na sala de aula.
OK GIULIA,
TUA ESCRITA MELHORA A CADA DIA.
JA
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