A mais fantástica estrutura do cosmos, o cérebro, é o tema deste texto. Uma viagem alucinante de micro para macro escalas, isto é, dos neurônios até o cérebro. A biologia e a psicologia tem estudado o comportamento e os processos mentais desta estrutura prodigiosa. Somos sistemas bio-psico-sociais, das minúsculas células aos órgãos, ao indivíduo e sua cultura. O grande desafio do cérebro é entender a si mesmo, como se organiza e se comunica, como herança genética programada e como nossas experiências o modificam. Ações, pensamentos emoções vem de um estímulo valioso que um neurônio recebe de outro. Em escala micro, os neurônios, são os componentes elementares do nosso Sistema Nervoso Central - SNC. O Sistema Nervoso Periférico, somático e autônomo, liga magnificamente o SNC aos receptores sensitivos, músculos e glândulas. Os bilhões de neurônios estão entrelaçados intricadamente de forma que a arborização axonal se funde com os dentritos de modo ininterrupto. Doces beijos protoplasmáticos ou sinapses disparam bilhões de moléculas de neurotransmissores. Esta dança frenética influencia os movimentos e as emoções. As redes neurais, agrupamento de neurônios em grupos organizados de trabalho, chegam ao encéfalo que dá conta em receber as informações, interpretá-las e tomar decisões. A aprendizagem ocorre como um processo de fortalecimento das complexas conexões neurais que produz um determinado efeito. É viver perigosa e deliciosamente com a cabeça.
Bilhões e bilhões de sinapses foram necessárias para imergir no texto e elaborar um resumo apreciável. Endorfinas foram produzidas enquanto varria a longa casa. Isso fez com que processasse no meu encéfalo “altamente desenvolvido” o que vou relatar a seguir. Minha realidade tragicômica convive e conviveu com variações de como pode o cérebro corromper-se por anomalias patológicas. A loucura, a esquizofrenia, o Mal de Alzheimer e a lesão cerebral por aneurisma. Em todos os casos a genialidade não suportou ser solitária. As “doces” anfetaminas desencadearam a negação da vida, do talento como desenhista, violinista, a morte. Os famosos opiáceos naturais não deram conta. Pararam de ser produzidos com precisão. A esquizofrenia não deixou a poderosa barreira hematencefálica ser ultrapassada e tornar-se o grande pianista concertista, que na sua prática constrói redes neurais. Os hábitos dionisíacos levaram à demência do Alzheimer que transformou e vem transformando o velho na criança que quer sua amada mãe. Ou que não encontra na casa a jovem esposa com quem casou. Apenas uma idosa mulher que faz o almoço e tricot. E por fim, o aneurisma gigante que geneticamente constituído foi alvo de desconfiança em uma consulta oftalmológica. Apesar das expressões com relações antônimas nos comunicamos muito bem. A medicina superou e vem superando minhas extremas expectativas. Ela tem me dado e me deu o suporte da alta tecnologia farmacêutica e cirúrgica. E estamos vivos, vivendo os melhores dias das nossas vidas em família. E o que me espera nesta epopéia da doce vida? O que poderia esperar de mim, uma pequena mulher organicamente constituída de células que registram tendências vorazes de degeneração? Tenho buscado um caminho para a criação, para a autonomia de brilhantes idéias. O teatro, a música, a natureza, as pessoas maravilhosas e o trabalho coletivo. O NEMA salvou minha perdida alma, resgatou minhas possibilidades de inteligência inteligível. Deu-me matéria prima à imaginação incontrolável. E a inteligência indomável? Vim conquistá-la neste espaço ecumênico da academia. Buscar e compartilhar entendimentos de como as informações externas pode gerar decisões com efeitos altamente transformadores, intermediados pelo processamento das informações nos diferentes sistemas cerebrais. Nossas ricas experiências, perfumes, sons, imagens, sentimentos, dores e paixões. Eu, uma intelectual orgânica...!
UAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
JA
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