(Acho que poderias apresentar o texto) Coll e Gillieron (1985) trazem a história de Piaget e da construção de sua epistemologia bem como suas principais idéias. O estudioso muito cedo se interessou por Biologia e logo, com a filosofia, partiu para o entendimento da explicação biológica do conhecimento, centrando-se então nas relações sujeito-objeto em termos de psicogênese. Inicia com a preocupação com as questões metodológicas do trabalho e segue estudando a infância com os próprios filhos no sentido de discutir o foco central: a existência de uma lógica anterior à linguagem. Com o acúmulo de conhecimentos sobre o estudo do pensamento infantil parte para a construção de uma epistemologia genética do pensamento em geral, interessando-se pelo sistema operatório do mesmo,(Eu colocaria um ponto e iniciaria uma nova frase) através da forma como as estruturas mentais (o que são as estruturas mentais???) funcionam para a constituição do pensamento, marcando sua última fase de pesquisas na perspectiva construtivista. Na relação sujeito-objeto do construtivismo o importante é a ação. “Só conhecemos um objeto atuando sobre este e o transformando”, movimento este proporcionador da reestruturação dos esquemas mentais de cada um dos sujeitos para cada objeto conhecido desde a infância e para tanto, devem ser vividas fases de estruturação do pensamento durante a vida. Cada uma das fases proporciona maior interrelação com os objetos a nossa volta e, juntas, correspondem a todo processo de construção do pensamento humano. Para o autor, a constituição dessas estruturas mentais são transmitidas de geração para geração.
Pensando em termos de sala de aula, parece-me interessante entender como se dá o processo de construção de conhecimento nos primeiros 15 anos de nossas vidas, cujo foco é a manipulação dos objetos. O autor trabalha com três fases: a primeira, chamada sensório-motor, até aproximadamente 2 anos de idade; a segunda, fase de operações concretas, dos 2 aos 10/11 anos e a terceira, pelos 15/16 anos equivalente ao raciocínio hipotético-dedutivo. No início da vida, a criança responde a esquemas reflexos como a de preensão e o de sucção, com o passar do tempo estes são levados a construção de esquemas adaptados a novas classes de objetos e ela passa a ter noção, dar significado aos mesmos. E assim sucessivamente, promovendo ações sobre os objetos a sua volta e atribuindo significações a eles cada vez mais complexas.
Com o tempo, em nossas aulas, abandonamos essa manipulação de objetos e centramos nossas ações somente no aspecto abstrato do conhecimento. Tem-se experenciado (acho que notado ou percebido fica melhor) no ensino de Ciências, a força que a manipulação tem no entendimento dos conhecimentos biológicos, por exemplo, com o impulso dado a experimentação, com os chamados kits experimentais na década de 70. Depois de alguns anos de aplicação, percebeu-se que somente a ação sobre os objetos não dá conta do entendimento dos mesmos, nem da aplicação do aprendido em outras situações. Isso é bem visível nas atividades laboratoriais para aprendizagem de conhecimentos biológicos. É importante desenvolver o questionamento sobre o que é visualizado, a simples manipulação do objeto, no caso o experimento, não basta para promoção da compreensão do fenômeno estudado.
Outro ponto da teoria parece-me interessante questionar: essas fases são etapas inatas de nossas vidas? Obrigatoriamente passamos por todas elas? Há como chegarmos a construirmos um pensamento hipotético dedutivo sem passarmos pelas fases de manipulação do concreto? Pergunto pois, se pensarmos novamente no ensino escolar hoje, percebemos cada vez mais cedo, as atividades escolares centrando-se no raciocínio cognitivo sem essa relação com objetos, com por exemplo, o uso do livro didático, centrando seu foco em leitura de conceitos e repetição dos mesmos. (acho que poderia dar uma reformulada nesta frase e encurta - lá) Tem-se a sensação de estar pulando etapas, segundo claro a perspectiva piagetiana.
Por fim, compreendendo um pouco deste desenvolvimento em fases, podemos, enquanto professores, articular melhor nossas ações educativas para cada etapa nas quais se encontram nossos alunos. No entanto, preocupo-me com essa determinação tão rígida de fases, como se pudéssemos encaixar a construção do pensamento, algo extremamente pessoal, dependente da cultura em que cada um de nós é inserido a apenas tal classificação.
Oi Lavínia, gostei muito do teu texto. Acho que deves encurtar as frases (para uma respirada), e também trazer um pouco mais da relação do texto com o teu projeto.
bjus
OBS: não consegui colocar colorido as correções.
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