O ensaio elaborado busca realizar uma articulação entre o texto Desenvolvimento e Aprendizagem e a proposta de pesquisa de doutorado. A idéia central do desenvolvimento do conhecimento é a operação, isto é, agir sobre o objeto para conhecer. É agir, modificar, transformar o objeto, conhecer o processo dessa transformação, compreender assim, o modo como o objeto é construído. A relação fundamental de toda a aprendizagem é a assimilação e não a relação de associação. A assimilação é a integração de qualquer espécie e realidade em uma estrutura. Então a aprendizagem só existe quando há uma assimilação ativa.
Penso nessa performance quando defino meu tema de pesquisa e em tentar explicar o fenômeno, a essência desse conhecimento, opero a partir dos fatores como a maturação do meu corpo, da experiência que me fez construir estruturas cognitivas para chegar na definição do tema, a transmissão lingüística e educacional que me constituíram e a equilibração, que como o planeta Terra se auto-regula, se organiza a fim de retroalimentar o sistema. Transformo e me transformo durante a pesquisa. Fui estimulada a escrever uma tese e nesse caminhar aprendo. Contextualizar uma experiência em um método como possibilidade de transferir à uma generalização. Todo o desenvolvimento é composto de conflitos e incompatibilidades momentâneas que devem ser ultrapassadas um nível mais alto de equilíbrio. É como passar de uma situação limite para outra limite, a de defender uma tese e passar a ser doutora.
Durante a leitura do texto refleti sobre a formação e difusão de profissionais que o NEMA tem como proposta. Como será que se deu esse tempo de aprendizagem para todos nós? Quantas vezes nos deparamos com situações que necessitam ser transformadas. Daí aquele reforço interno se materializa na eliminação de incompatibilidades e conflitos teóricos e metodológicos. Não deixa de ser uma investigação psicológica, piagetianamente falando, compreender como passamos de um estado de menor conhecimento a um estado de maior conhecimento, capaz de popularizar a ciência e transformar a realidade. Minha pesquisa vai encontrar os sujeitos que formam e formaram o NEMA. Cada um com seu conhecimento prévio, idades variadas, vivendo em épocas diferentes, em contextos sociais e históricos que apesar de diversos foram para o NEMA construir suas identidades profissionais. Sem falar nos filhos do NEMA, crianças que participaram durante anos das atividades de Educação Ambiental, cursos, oficinas e que hoje são profissionais na área ambiental.
Apresento neste contexto minha hipótese: O NEMA – Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental produz e populariza conhecimento científico e transforma a realidade socioambiental no extremo sul do Brasil, por meio dos intelectuais orgânicos que constitui. A pesquisa tem como objetivos resgatar a trajetória do NEMA no tempo e no espaço; analisar as narrativas dos profissionais que atuaram no NEMA; identificar e analisar os mecanismos pelos quais o conhecimento científico produzido no espaço do NEMA é popularizado e transforma a realidade socioambiental no extremo sul do Brasil. Tratando-se de transformação da realidade a pesquisa terá como linha de pensamento a concepção de mundo materialista. Neste mundo a realidade é considerada um processo em movimento, em transformação, contraditório, além de ser histórica, pois existe independentemente da consciência. No pensamento materialista dialético se destaca a unidade da teoria e prática e o conhecimento nasce da prática. O porquê da pesquisa percorrer este pensamento deve-se à alma do trabalho, os intelectuais orgânicos! Este conceito partiu de Antonio Gramsci, que desponta como um dos grandes teóricos da teoria social marxista. Para Gramsci o intelectual é mais do que uma pessoa das letras, ou um produtor e transmissor de idéias. Os intelectuais são também mediadores, legitimadores, e produtores de práticas sociais; eles cumprem uma função de natureza eminentemente política. Este aspecto me interessa uma vez que o NEMA surgiu nesse movimento de resistir ao conhecimento e práticas sufocantes que constituem nossas práticas sociais. Intelectuais transformadores que aglutinam outros, a fim de romper com a opressão, fornecendo dessa forma a liderança da ética, da política e da pedagogia para a criticidade da realidade. O trabalho apoiar-se-á em uma ampla revisão bibliográfica que trate das questões delineadas nos objetivos, caracterizando-se assim como uma pesquisa de base teórica. O método documental terá importante participação para resgate e análise do tema da investigação. Serão realizadas conversas com integrantes e filhos do NEMA. A análise textual discursiva dará conta para a análise dos relatos. Como resultados vislumbro a possibilidade do NEMA contribuir na vanguarda da construção dialógica do saber com os movimentos sociais e de como estes saberes poderiam ser implementados na práxis destes movimentos, no fronte da relação natureza e sociedade.
Com certeza se meu foco fosse realizar um estudo acerca do conhecimento, as teorias de Piaget iriam fazer parte do meu referencial teórico. No momento apenas sei que posso ter uma melhor compreensão, a partir dele, do alcance do conhecimento e isso é muito bom. (799 palavras)
Penso nessa performance quando defino meu tema de pesquisa e em tentar explicar o fenômeno, a essência desse conhecimento, opero a partir dos fatores como a maturação do meu corpo, da experiência que me fez construir estruturas cognitivas para chegar na definição do tema, a transmissão lingüística e educacional que me constituíram e a equilibração, que como o planeta Terra se auto-regula, se organiza a fim de retroalimentar o sistema. Transformo e me transformo durante a pesquisa. Fui estimulada a escrever uma tese e nesse caminhar aprendo. Contextualizar uma experiência em um método como possibilidade de transferir à uma generalização. Todo o desenvolvimento é composto de conflitos e incompatibilidades momentâneas que devem ser ultrapassadas um nível mais alto de equilíbrio. É como passar de uma situação limite para outra limite, a de defender uma tese e passar a ser doutora.
Durante a leitura do texto refleti sobre a formação e difusão de profissionais que o NEMA tem como proposta. Como será que se deu esse tempo de aprendizagem para todos nós? Quantas vezes nos deparamos com situações que necessitam ser transformadas. Daí aquele reforço interno se materializa na eliminação de incompatibilidades e conflitos teóricos e metodológicos. Não deixa de ser uma investigação psicológica, piagetianamente falando, compreender como passamos de um estado de menor conhecimento a um estado de maior conhecimento, capaz de popularizar a ciência e transformar a realidade. Minha pesquisa vai encontrar os sujeitos que formam e formaram o NEMA. Cada um com seu conhecimento prévio, idades variadas, vivendo em épocas diferentes, em contextos sociais e históricos que apesar de diversos foram para o NEMA construir suas identidades profissionais. Sem falar nos filhos do NEMA, crianças que participaram durante anos das atividades de Educação Ambiental, cursos, oficinas e que hoje são profissionais na área ambiental.
Apresento neste contexto minha hipótese: O NEMA – Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental produz e populariza conhecimento científico e transforma a realidade socioambiental no extremo sul do Brasil, por meio dos intelectuais orgânicos que constitui. A pesquisa tem como objetivos resgatar a trajetória do NEMA no tempo e no espaço; analisar as narrativas dos profissionais que atuaram no NEMA; identificar e analisar os mecanismos pelos quais o conhecimento científico produzido no espaço do NEMA é popularizado e transforma a realidade socioambiental no extremo sul do Brasil. Tratando-se de transformação da realidade a pesquisa terá como linha de pensamento a concepção de mundo materialista. Neste mundo a realidade é considerada um processo em movimento, em transformação, contraditório, além de ser histórica, pois existe independentemente da consciência. No pensamento materialista dialético se destaca a unidade da teoria e prática e o conhecimento nasce da prática. O porquê da pesquisa percorrer este pensamento deve-se à alma do trabalho, os intelectuais orgânicos! Este conceito partiu de Antonio Gramsci, que desponta como um dos grandes teóricos da teoria social marxista. Para Gramsci o intelectual é mais do que uma pessoa das letras, ou um produtor e transmissor de idéias. Os intelectuais são também mediadores, legitimadores, e produtores de práticas sociais; eles cumprem uma função de natureza eminentemente política. Este aspecto me interessa uma vez que o NEMA surgiu nesse movimento de resistir ao conhecimento e práticas sufocantes que constituem nossas práticas sociais. Intelectuais transformadores que aglutinam outros, a fim de romper com a opressão, fornecendo dessa forma a liderança da ética, da política e da pedagogia para a criticidade da realidade. O trabalho apoiar-se-á em uma ampla revisão bibliográfica que trate das questões delineadas nos objetivos, caracterizando-se assim como uma pesquisa de base teórica. O método documental terá importante participação para resgate e análise do tema da investigação. Serão realizadas conversas com integrantes e filhos do NEMA. A análise textual discursiva dará conta para a análise dos relatos. Como resultados vislumbro a possibilidade do NEMA contribuir na vanguarda da construção dialógica do saber com os movimentos sociais e de como estes saberes poderiam ser implementados na práxis destes movimentos, no fronte da relação natureza e sociedade.
Com certeza se meu foco fosse realizar um estudo acerca do conhecimento, as teorias de Piaget iriam fazer parte do meu referencial teórico. No momento apenas sei que posso ter uma melhor compreensão, a partir dele, do alcance do conhecimento e isso é muito bom. (799 palavras)
Nenhum comentário:
Postar um comentário