segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Desenvolvimento + Estratégias de Ensino Adequadas = Aprendizagem

A minha pesquisa é intitulada Estratégias de Ensino de Matemática: Concepções de Licenciandos. A partir dela, objetiva-se identificar e discutir as concepções dos licenciandos acerca das estratégias de ensino utilizadas pelo grupo da Matemática do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Para isso, far-se-á um acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos bolsistas, com intenção de compreender os processos de elaboração e desenvolvimento de oficinas que acontecem sob a orientação de professores da Educação Básica e da FURG.
Para tanto serão usados alguns instrumentos para a coleta de dados. Inicialmente, dois questionários com questões abertas para identificar as estratégias de ensino mais utilizadas e entender como o grupo têm planejado as suas propostas. Em seguida, serão acompanhadas três oficinas que contemplarão uma das três estratégias de ensino mais utilizadas, que são as seguintes: material concreto, jogos e situações-problemas. Cada uma delas será acompanhada em dois momentos: durante o planejamento e após o desenvolvimento da atividade. Com isso espera-se compreender as concepções dos licenciandos contidas no processo de elaboração e discutir se foram contempladas em sala de aula.
ROBSON, SERIA INTERESSANTE NESTE TEU QUESTIONÁRIO INVESTIGAR OS MOTIVOS DE ESCOLHA DE UMA ESTRATEGIA, POIS "CHUTO" QUE ESTÃO LIGADAS A UMA NOÇÃO DE APRENDIZAGEM, QUE PODE, ÀS VEZES, SER DISTORCIDA.
As reuniões semanais do grupo também têm sido acompanhadas com o intuito de compreender como o grupo tem se organizado, no que se refere ao planejamento e desenvolvimento das ações docentes. A partir dos questionários respondidos e das discussões que têm sido realizadas nos encontros semanais observou-se que os critérios utilizados para a escolha dos recursos pedagógicos utilizados nas oficinas são: a disponibilidade dos materiais na escola, o custo desses materiais e a coerência entre os conteúdos e os recursos pedagógicos. No entanto, para isso pesquisam em manuais didáticos sugestões de atividades e discutem as possibilidades e necessidades das escolas inseridas no projeto, com o grupo que atua na escola. Também foi possível perceber a preocupação com a coerência entre as necessidades das turmas, objetivos da proposta e a seleção dos recursos pedagógicos.
Contudo para se propor um ensino inovador, que utilize ferramentas diferenciadas das utilizadas pelos professores regentes das turmas, é exigido muito estudo para esse, de fato, ser significativo para os sujeitos inseridos nesse processo de aprendizagem. A pesquisa em artigos, sobre ensino de Matemática, e relatos de experiência de outros professores auxiliam bastante na elaboração das oficinas. Entretanto, o conhecimento das dificuldades encontradas pelos estudantes e do contexto no qual a escola está inserida, são relevantes para o delineamento de uma proposta consistente.
A partir da leitura do texto de PIAGET, consigo fazer algumas aproximações com a minha pesquisa. A identificação dos estádios de aprendizagens dos estudantes, discutidos na aula e abordados com maior profundidade no texto, pode influenciar o planejamento das atividades pedagógicas de Matemática, por exemplo. Dessa forma, acompanhando os experimentos descritos no texto percebi que, mesmo empiricamente, proporcionamos condições favoráveis para que o estudante aprenda. Condições como: seguir uma sequencia lógica dos conteúdos, apresentando um exemplos mais simples inicialmente, para posteriormente apresentar exemplos com maior grau de complexidade. Entretanto, a compreensão das relações entre o desenvolvimento e aprendizado do estudante possibilitará ao educador práticas mais conscientes e, consequentemente, facilitará que o educando se aproprie do conhecimento de maneira significativa.
Por Robson Porto.

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