segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Resumo Giulia

Durante muito tempo tive a idéia de que desenvolvimento e aprendizagem significavam a mesma coisa. Analisando o texto pude verificar que o desenvolvimento detém a aprendizagem, visto que esta se limita a situações momentâneas que são provocadas por um determinado evento. O desenvolvimento é um processo essencial, pois, segundo Piaget, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente, construindo comportamentos a partir de uma interação entre o meio e o indivíduo. Além disso, a teoria piagetiana mostra que o indivíduo só recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo e, isto ocorre à medida que agimos sobre o objeto de conhecimento a fim de inserí-lo num sistema de relações.
Em uma sala de aula vivenciamos diariamente situações que nos colocam em confronto com a maneira como nossos alunos aprendem. De forma geral, pensamos que uma aula que utiliza teoria, exemplos práticos e exercícios levarão a aprendizagem que se reflete em significativas notas. Muitas vezes, ao terminarmos uma aula temos a idéia de que tudo que passamos aos nossos alunos foi por eles assimilado e então aprendido. Surge então um equívoco, pois nem sempre o aluno consegue agir sobre o objeto de conhecimento. Cada indivíduo encontra-se em um estágio de desenvolvimento, o qual segue uma cronologia, mas, não possui idade fixa. Diante disto, surge a necessidade de analisarmos com maior cuidado o desenvolvimento do conhecimento dos indivíduos. Verificar como os alunos organizam e coordenam as idéias que são propostas a eles. Todos nós nos sentimos instigados quando algo novo surge em nosso meio. Porém cada um organiza o novo de uma forma diferente. O processo de adaptação e organização do organismo diante de uma situação nova nos conduz a construção contínua de novas estruturas de conhecimento. São as estruturas de conhecimento que nos permite a adaptação a realidade que nos rodeia. Quando desejamos interpretar o mundo desenvolvemos ações internas, ou seja, passamos a agir diante do objeto do conhecimento e, assim desenvolvemos estruturas que irão promover as respostas diante do novo.
Acredito que a dificuldade na aprendizagem de alguns conteúdos de Química esteja, muitas vezes, relacionada com a falta de conhecimento, por parte de nós professores, a respeito da maneira como nossos alunos organizam, ordenam e coordenam os conceitos que passamos a eles. A organização das idéias rege o princípio da aprendizagem. Os alunos organizam assimilam e adaptam as idéias propostas com o intuito de atingir a estabilidade diante do novo. A ação sobre o objeto de conhecimento promove mudanças efetivas no pensamento conduzindo a um processo de equilibração.
A aprendizagem é atingida durante o processo de equilibração, ou seja, quando nos sentimos desafiados e questionados diante de algo novo, buscamos interpretá-lo na busca pelo equilíbrio. A organização e coordenação de idéias devem ser estimuladas em nossos alunos para que eles possam formar estruturas lógicas e assim assimilarem e acomodarem os conteúdos. Acredito que essa questão seja a mais desafiadora a nós professores: propor conteúdos de forma que os alunos se sintam motivados a agir sobre eles e sejam capazes de reportar os conhecimentos adquiridos as situações novas que poderão surgir dentro do Ensino de Química. A aprendizagem só ocorre se tornarmos o objeto de estudo interessante se formos capazes de fazer com que os alunos utilizem os conteúdos como ferramentas na construção de estruturas que levam ao conhecimento.

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