segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Desenvolvimento da Inteligência por Ricardo Rios



Segundo o texto, ele retrata a vida de Piaget, desde pequeno quando aos 11 anos trabalhava como ajudante do Museu de História Natural de Neuchâtel.
Este artigo está dividido em quatro partes. Estudaremos três delas: a elaboração da teoria genética, o desenvolvimento ontogenético do pensamente racional e epistemologia e psicologia.
Como falar de Piaget usando poucas de seus quase 70 anos de história? Piaget tenta provar a existência de Deus, se voltando para à filosofia lhe possibilita unir a fé a com a razão e com a biologia, ciência da vida. A crença a Deus trás para Piaget explicações importantes para a biologia.
Mesmo tendo como base a crença, a biologia, Piaget precisava de algo que sustentasse empiricamente, solidificando a biologia e epistemologia, para isso era preciso a função da psicologia.
Em 1918 foi um ano importante para Piaget, nesse ano é publicada Recherche, autobiográfico onde expõe seu sistema e filosófico e também recebe o titulo de doutor em Ciências Naturais pela Universidade de Neuchâtel.
Em pouco tempo Piaget desenvolve uma vida acadêmica intensa dando sustentação as suas teorias. Já no laboratório de Binet e tendo acesso a diversos trabalhos, Piaget percebe problemas envolvendo raciocínio de inclusão e de relação. Por isso ele decide estudar a fundo as dificuldades encontradas pelas crianças para resolução de problemas.
A partir daí inicia-se um estudo indutivo e experimental sobre a psicologia, onde a criança é foco de seus estudos. Já em Genebra Piaget, no período compreendido entre 1921-1925, realiza pesquisas com a finalidade de estudar o desenvolvimento das noções. Nesse período ele escreve cinco livros, de suma importância, no qual são imediatamente traduzidos, pela importância e sua rápida difusão. Os principais estudos feitos e traduzidos nos livros era a respeito da metodologia, dos elementos da epistemologia e da psicologia genética, do ponto de vista teórico (raciocínio transdutivo, egocêntrico, reversibilidade e irreversibilidade do pensamento) e onde o pensamento não estava presente.
Com o nascimento de seus filhos, Piaget faz uma revisão metodológica e de suas teorias, experimentando e acumulando informações a respeito de seus filhos. Seus estudos partem dos primeiros reflexos do recém-nascido até o aparecimento da inteligência representativa. Lançando livros ricos em observações e complexos em explicações, da existência de uma inteligência ao aparecimento da linguagem, relacionando à linguagem a origem da lógica, constituindo o núcleo do pensamento racional.
De 1935 a 1955, período mais criativo, Piaget aprofundou seu estudos nos mecanismos da inteligência em crianças com idade superior. Lançando diversos e importantes livros, A Introduction à L’épistemologie génétique foi talvez o seu mais importante livro, dedicado ao pensamento matemático, físico, biológico, psicológico e sociológico. De 1950 até 1980, ano da sua morte, Piaget estuda e aperfeiçoa a sua teoria genética.
Em 1955 é fundada o Centro Internacional de Epistemologia Genética em Genebra. O objetivo do Centro era reunir uma variedade de cientistas, das diferentes áreas do conhecimento.
Nos anos 70, foi um período caracterizado por aprofundamento das teses epistemológicas ocupando Piaget e ampliando os estudos da psicologia genética e exploração de novas áreas do pensamento infantil. Nessa época, em 1971, Piaget deixa a vida acadêmica inicia uma série de estudos de natureza mais psicológica, voltados ao mecanismos de transição.
O elemento que assegura as formas biológicas e as formas do pensamento é a ação. Na ação ou na interação entre o ser humano e os objetos, constroem-se as formas do pensamento.
Piaget estabelece dois tipos de experiência, duas forma de aprender a aplicação dos esquemas, a experiência física, onde o sujeito tenta compreender as propriedades do objeto no qual ele interage, atribuindo significado, assimilando experiências lógica-matemáticas, o sujeito não trata as propriedades do objeto, mas experimenta com suas próprias ações, com seus esquemas, para abstrair suas propriedades. Com isso podemos dizer que o sujeito ao longo da vida não cessará de ampliar seus conhecimentos, acumulados com as experiências físicas e alem disso, utilizará seus próprios esquemas, construindo estruturas lógico-matemáticas.

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