Nas últimas décadas, a sociedade brasileira vem percebendo a necessidade de melhorar a qualidade de ensino oferecida à maioria da população. A forma tradicional, onde predomina a idéia de que o ensino consiste em repassar os conhecimentos para o aluno, utilizando basicamente a exposição verbal da matéria pelo professor, não esta alcançando o objetivo principal da escola que é a aprendizagem do aluno.
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) e mais recentemente o referencial curricular Lições do Rio Grande, trazem uma proposta pedagógica baseada nas teorias construtivistas pós piagetiana.
Através dos trabalhos de Piaget e sua equipe, sabemos que os processos que conduzem por exemplo a noções de matemática, leituras, escrita, não passam por memorizações, mas sim por um processo ativo de construção por parte do sujeito que só assim conseguirá apropriar-se verdadeiramente do conhecimento. A escola deve respeitar a individualidade e incentivar a potencialidade do aluno, encorajando-o a criar suas próprias hipóteses em relação ao objeto do conhecimento, ou seja, a efetiva aprendizagem ocorre através de um processo de construção.
As Escolas estaduais a partir de 2010, contam com um novo referencial curricular Lições do Rio Grande, onde as disciplinas passam a ser trabalhadas por áreas de conhecimento (área das Ciências Humanas (Geografia, história, sociologia e filosofia), Ciências da Natureza (Biologia, Química e Física), Linguagens e Códigos (português, literatura, língua estrangeira, ed. Física e artes visuais) e finalizando a matemática) e suas tecnologias. Hoje sabemos que para uma educação de qualidade é necessário levar a escola a tecnologia da informação, mas para que esse processo seja incorporado às práticas pedagógicas os professores precisam ser capacitados para utilizarem essas tecnologias como ferramentas educacionais
Entre os principais fundamentos desse referencial está a formação continuada dos professores; o trabalho interdisciplinar, por isso áreas de conhecimento, para que não haja necessidade de projetos específicos para que isso ocorra e sim seja incorporada no plano do professor de modo contínuo; e a contextualização dos currículos, levando em conta as experiências de vida dos alunos e o que é relevante em relação aos conteúdos escolares para assim atingir seus objetivos que é proporcionar aos alunos competências e habilidades.
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