Olá pessoal. Estou publicando algumas questões, com as respostas elaboradas pelo professor João, que surgiram quando li o texto da semana. GIULIA
1)Quando o texto fala que equilibração leva a reversibilidade o autor quer dizer que a ordenação das idéias origina-se do processo de organização?
Sim, as idéias se ordenam por organização. É a organização o princípio de toda a inteligência. Quanto menos organização, menos inteligência, mais bagunça de idéias. Quanto mais organização, mais inteligência, idéias mais organizadas.
A equilibração leva à reversibilidade, por ser esta ultima uma forma mais evoluída de organização mental.
2)O que seria a equilibração em seu sentido amplo?
A inteligência procura por estados de equilíbrio, sem jamais alcançá-los, pois o contato com o meio sempre nos desequilibra. A equilibração é o processo constante de tentativa de adaptar o modo como eu penso ao modo como a realidade funciona. Todavia, como a realidade é muito complexa, sempre temos visões parciais, por isso sempre estamos nos reequilibrando (organizando) para interpretar o mundo. O equilíbrio perfeito do pensamento seria dar conta de interpretar toda a realidade, pois isso inatingível.
3)A experiência lógico-matemática leva a equilibração, sempre?
A experiencia lógico-matemática é o próprio ato do pensamento em ação. Ela não "leva" a equilibração, pois a equilbiração não é um objetivo final, que pode ser alcançado. Ela está sempre acontecendo, o tempo todo. Estamos sempre tentando interpretar o mundo e por isso em processo de equilibraçao. Podemos fazer isso por experiencias fisicas ou lógico-matema'ticas. É como se a equilibração fosse o processo de "correção" dos erros, dos desafios, do "daquilo que não sei". Seguindo Piaget, o desequilíbrio é insuportável. Sempre queremos explicar as coisas. Organizamos o pensamento para nos reequilibrarmos, isto é a equilibração.
4) A experiência lógico-matemática é o que construímos a partir de algo que se propõe?
Não necessariamente precisa ser proposto.Tem coisas que nos são propostas por outros e não "assumimos" como algo nosso. Podemos ter uma experiência lógico-matemática a partir de algo que nos instiga e nos provoca. Nós mesmos nos propusemos. Esta semana estou pensando como uma cafeteira nova que comprei tem o pó de café em cima e a água embaixo. Ligamos ela no fogão, a água esquenta, sobe e toca no pó de café. Estou pensando há dias (coordenando, organizando ideias) de como isso funciona no caso de por pouca água no aparelho. É uma pergunta que eu mesmo me coloquei. Ninguém me propos.
Algumas perguntas que os outros propõem nos são interessantes e assumimos como nossa. Outras não. Apenas ignoramos para preservar nosso equilíbrio.
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