terça-feira, 28 de setembro de 2010
Semana do dia 05 de outubro
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Resumo Lavínia Atrasado e incompleto
No momento, sou um sujeito que tem vontade de saber. É por este motivo que me proponho a estudar as teorias de aprendizagem: para saber mais, para conhecer mais. No entanto as leituras que venho fazendo nos últimos anos têm um enquadramento, se poderíamos dizer assim (com certeza, não é a palavra mais pertinente), diferente destas. Algumas teorias como a de Jean Piaget se movem dentro dos processos enquanto as teorizações de ordem menos moderna procuram olhar de fora, procuram entender como elas se tornaram o que são hoje. Tentarei articular essas discussões a seguir.
No texto em que discute desenvolvimento e aprendizagem, Piaget procura diferenciar os dois, embasando-se em sua formação nas Ciências Naturais, de raiz classificatória e determinista, comentando inclusive serem estes processos opostos, com problemas muito diferentes. Define então o desenvolvimento como algo de matriz mais biológica, ligado ao desenvolvimento das estruturas mentais, ligado ao processo da embriogênese e como algo que pode ser verificado como aponta em algumas pesquisas. “na realidade, o desenvolvimento é o processo essencial e cada elemento da aprendizagem ocorre em função do desenvolvimento total, em lugar de ser um elemento que explica o desenvolvimento”. Neste trecho fica bem marcado seu vínculo com os estudos biológicos que se expandiram muito no século XX, muitas coisas poderiam ser explicadas por esse viés, inclusive a aprendizagem, que é o foco do autor.
Como desenvolvimento, fala sobre a importância de agir sobre os objetos, de forma a conhecê-los bem, temos de transforma-los, modificá-los. Enfoca a importância das fases que determina para cada uma dessas operações sobre os objetos. “Em outras palavras, é um grupo de ações modificando o objeto, e possibilitando ao sujeito do conhecimento alcançar as estruturas da transformação”. Comentando essas estruturas que são as mentais que carregamos desde a embriogenêse, o autor comenta seus estádios para o desenvolvimento da cognição e expoe alguns fatores que influem no desenvolvimento: maturação, experiência, transmissão social, equilibração. Nestes fatores, penso que o autor ao falar dos três últimos, já insere “pitadas” de aprendizagem e neste sentido, não consigo enxergar como opostos, o desenvolvimento e a aprendizagem, como ele diz no começo do texto. Até porque, neuronalmente falando, sabemos que algumas sinapses quando utilizadas com maior frequencia ganham mais força que outras. O aprender gera isso. Então, sempre que aprendemos algo, nossas conexões (ou desenvolvimento nas palavras do autor) se fortalecem. São processos muito relacionados.
Já em relação ao primeiro fator como comentei outras vezes, tenho receio de que essa maturação de estrutura mental que temos de ter para aprender determinadas coisas seja a única considerada nos processos de ensino, pautando-se em um determinismo biológico que há muito tempo vem sendo criticado e que possa servir para novas formas de racismo ou preconceito, como as diferenças apontadas na segunda página do texto, em que o autor comenta os experimentos mal sucedidos em outros países, nos quais os testados não conseguiram se encaixar nos padrões franceses. Não penso ser possível determinar métodos únicos e aplicáveis universalmente devido a característica multicultural que vivemos na contemporaneidade. Um teste de QI, por exemplo, aplicado aqui não teria a mesma resposta se aplicado no nordeste por exemplo, ou no Brasil e na Europa já que os contextos de vida de cada local/população são diferentes.
Por estas colocações, tenho aprendido muito ao (re)ver as teorias que podem fundamentar a aprendizagem e tenho percebido que se movimentam dentro de uma racionalidade racional, exata e metodológica, classificatória, bem marcada das ciências naturais. E as leituras que venho fazendo nos mostram novas formas de encarar estes estudos, talvez numa vertente mais adequada ao tempo fractal que temos vivido, as novas configurações de espaço e tempo. Ao mesmo temo que creio serem importante, tenho percebido ser mais produtivo (ao meu olhar ao menos) pensar de que forma essas aplicações e teorias como metanarrativas do processo de aprender vem produzindo e posicionando os sujeitos. Ao enxergar essas nuances penso ser possível pensar alternativas para proporcionar novas maneiras de entender os processos de aprendizagem. O que os autores pós tem me proporcionado pensar é sair da mesma roda de análise que temos feito até agora, é ver de outros ângulos, mais de fora cada uma das narrativas que dizemos serem tão verdadeiras.
Texto Michele Fersula
O texto desenvolvimento e aprendizagem de Piaget (1972) trásZ uma concepção epistemológica que é aplicada na pedagogia relacional. Segundo o autor(,) para que se conheça algo é necessário que ocorram várias operações e que por fim se constituirão em estruturas próprias do conhecimento. A construção destas estruturas proporciona o desenvolvimento individual que antecede o aprendizado. As experiências vividas anteriormente em função do meu meio físico, a transmissão social assim como a capacidade de auto-regulação frente às formas de operar determinadas ações elucidam a construção de um conjunto de estruturas.
O emprego deste modelo pedagógico contribui para a formação de um profissional crítico e argumentativo, ou seja, induz a formação de um ser pensante (BECKER, 2001). Em cursos de licenciaturas que tratam de assuntos abrangentes relacionados à vida e que em virtude disto devem formar em síntese um educador reflexivo, o uso da pedagogia relacional adquire um caráter funcional, pois fornece subsídios à construção de estruturas para o desenvolvimento e por conseqüência o aprendizado destes futuros profissionais.
O meu projeto de pesquisa busca identificar elementos que comprovem a presença do modelo pedagógico relacional, diretivo e não-diretivo nas atividades práticas ocorridas em cursos de licenciaturas em ciências naturais. No contexto da pedagogia relacional existe a intenção de verificar se realmente o discurso vai ao encontro do que é proporcionado na prática docente. Se a proposta da aula surge de indagação dos sujeitos, se o educador fornece subsídios para que o aluno possa de fato problematizar a sua ação e assimilar com aquilo que já é conhecedor e a partir disto então construir um novo conhecimento. Entende-se o docente construtivista como aquele que considera os estádios de desenvolvimento deste aluno. Entre os diversos aspectos que serão abordados para identificar a concepção pedagógica o tratamento dado aos conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais serão destacados, pois quando desenvolvidos de maneira articulada propõem uma formação de conduta, de desenvolvimento cognitivo e social do sujeito.
Texto César Vaghetti
Postagem da Thais Rodrigues
Observando essa realidade percebi que esse mesmo problema ocorre com a formação de muitos professores, pois a tecnologia não fazia parte da sua realidade, ou seja, suas aulas eram baseadas em leituras, explanações e algumas saídas de campo. No entanto crianças e jovens vivem dentro do ciberespaço e partilham de várias tecnologias. O professor precisa perceber que seu perfil vem mudando e é preciso saber preparar-se para lidar com essas mudanças. Ele tem que estar disposto a aprender sempre, sem ter medo de errar, ser um problematizador e um mediador do conhecimento, em vez de ser apenas transmissor de conteúdos e que tenha segurança, postura critica para realizar mudanças no sistema educacional, segundo o que consta nos Parâmetros Curriculares nacionais. Os impactos das novas tecnologias na educação, ainda estão longe de serem totalmente compreendidos e avaliados.
Portanto meu trabalho baseia-se em analisar um grupo de professores que realizaram o curso de especialização em Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação (TIC - EDU), versão 2007, ofertado na modalidade a distância pela FURG em convênio com a Universidade Aberta do Brasil (UaB). Como o curso TIC-EDU contribuiu para a alfabetização científica e tecnológica de professores da educação básica, potencializando elementos para auxiliar em sua qualidade de vida, seja pessoal ou profissional.
Entendo que a entrada da nova tecnologia na educação pode garantir mudanças e transformações necessárias para que ocorra a inclusão digital possibilitando novas maneiras de ensinar e aprender.
Desenvolvimento e Aprendizagem
Vivemos na era do conhecimento, em uma sociedade em rede. Nesse contexto, percebemos a emergência de um novo paradigma computacional, denominado ubíquo, em que o processo de ensino e de aprendizagem poderá estabelecer-se em qualquer lugar, através de diferentes dispositivos e a todo instante. A educação superior direciona-se para um modelo que intercala momentos presenciais e a distância. Na atualidade, 88 instituições já integram o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), sendo previsto para esse ano um total de 127.633 vagas (CAPES, 2010). Nesse cenário é, portanto, recomendável que os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) apresentem suporte a mobilidade, permitindo que os alunos possam dar continuidade ao seu processo de aprendizagem ao sair da instituição de ensino, de sua residência ou trabalho. Nesse sentido, para podermos desenvolver uma tese, cujo foco está no processo de ensino e de aprendizagem num meio ubíquo, é fundamental identificarmos como esse processo ocorre, que o desenvolvimento é um processo espontâneo enquanto a aprendizagem deve ser provocada; que para conhecer um objeto é necessário agirmos sobre ele; que a aprendizagem somente é possível através de uma assimilação ativa. Logo, para alcançarmos o sucesso esperado na educação do século XXI, não basta utilizarmos os AVAs apenas como uma biblioteca com instruções e imagens animadas, mas sim como um ambiente motivador que vise a interação entre os alunos e professores, um local em que as informações poderão ser transformadas em conhecimento através da mediação dos educadores.
Fonte:
CAPES – Disponível em: < option="com_content&view="article&id="9:historico-&catid="6:sobre&Itemid="21">
Acesso em: 26/09/2010.
Entrelaçamento entre o texto “Desenvolvimento e Aprendizagem” de Jean Piaget e a minha tese
A interação com as novas tecnologias digitais altera o nosso fazer e, especialmente, nossa forma de aprender. Nesse cenário, acontecem mudanças no papel desempenhado pelo professor e pelo aluno. A autonomia e autoria do estudante passam a ser necessárias, para que as atividades educativas aconteçam de forma significativa, o que possibilita a problematização e a emergência de outras formas de atuar em sociedade. Nessa mesma perspectiva, de acordo com Maturana e Varela (2005), o professor passa a exercer o papel de orientador do processo de ensino e aprendizagem, buscando, na convivência, promover a alteridade e o amor, isto é, respeitar o outro em sua legitimidade. O que aprendemos e como aprendemos depende do espaço e das relações estabelecidas, se o emocionar estiver interligado a ação pedagógica o nosso trabalho fluirá na liberdade de escolhas e reflexões sobre o nosso fazer.
O ambiente virtual de aprendizagem é um espaço de convivência que possibilita a interação indispensável no processo de ensino e aprendizagem. Além disso, os ambientes virtuais de aprendizagem permitem novas formas de leitura e escrita, nas quais os textos podem ser ampliados e reconectados; facilitam o trabalho coletivo; exigem diferentes tipos de espacialidade e temporalidade. No entanto, as tecnologias por si só não garantem a construção do conhecimento. Para tal, é necessário abordagens teóricas que possibilitem a investigação de processos cognitivos na construção do conhecimento. Para que haja aprendizagem é necessário que os sujeitos intercalem momentos de exploração, realizando experimentos contextualizados no mundo físico com momentos de reflexão. Da mesma forma, o ambiente virtual de aprendizagem é um sistema cognitivo que se constrói na interação entre os sujeitos, transforma-se na medida em que as interações vão ocorrendo, que os sujeitos entram em atividade cognitiva. Não existem fronteiras rígidas do que é meio, objeto e sujeito, pois um ambiente virtual de aprendizagem, sob a perspectiva construtivista, se constitui sobretudo pelas relações que nele ocorrem.
Nesse sentido, a aprendizagem é provocada nas perturbações decorrentes da interação, podendo-se dizer que ela produz uma estrutura mais complexa construída a partir de outra mais simples. O desenvolvimento explica a aprendizagem, ou seja, a aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento. O desenvolvimento pode ser explicado segundo quatro fatores, que, conforme Piaget são necessários mas insuficientes por si sós: maturação; exercício e experiência; interações e transmissões sociais; equilibração ou autoregulação. É no ato de conhecer que o sujeito é ativo e, consequentemente, defrontar-se-à com uma perturbação externa, e reagirá com o fim de compensar e consequentemente tenderá para o equilíbrio.
Os mesmos fatores que concernem ao estudo do desenvolvimento também dizem respeito às questões de aprendizagem. A interação do sujeito com o objeto, a experimentação, as propriedades que o sujeito extrai do objeto pertinentes a informações do próprio objeto (abstração empírica) e as propriedades tiradas da coordenação das ações que o sujeito exerce sobre o objeto (abstração reflexionante) são fundamentais para a aprendizagem, considerando uma teoria baseada na construção do conhecimento. Através dos processos de organização, equilibração e adaptação do sujeito, podemos compreender melhor o desenvolvimento cognitivo. (LAURINO, 2001)
Os dois conceitos básicos para compreender estes processos são a assimilação e a acomodação. Assim, o processo de construção de conhecimento é resultante do equilíbrio dinâmico entre assimilação e acomodação. Quando este estado de equilíbrio é rompido, o sujeito age visando uma reequilibração, e esta é alcançada através da adaptação, que, por sua vez, é resultante da assimilação e da acomodação.
A construção de conhecimentos promovida através do ambiente virtual de aprendizagem leva à ação e aproxima fronteiras entre a prática (o que fazer) e seu sistema de conceitos (por que fazer desta maneira). Segundo Piaget (1976), quando o sujeito alcança esses níveis, as práticas se apóiam em teorias.
Diante o exposto acima, percebe-se que a EaD tem muito a contribuir no setor educativo, principalmente após os avanços tecnológicos. No entanto, esse é um novo caminho que precisamos trilhar, vamos aprendendo no fazer. Em consequência, surge a necessidade de desenvolver mecanismos de avaliação adequados à realidade da Educação a Distância, que permitam considerar as suas especificidades, e possibilitem o acompanhamento dessa modalidade, pois somente assim, será possível identificar os progressos ou as dificuldades encontradas ao longo de seu desenvolvimento e apontar as potencialidades ainda não exploradas, o que, de certo modo, implica no aperfeiçoamento dessa modalidade.
Desta forma, minha tese tem como objetivo avaliar a modalidade a distância no contexto dos cursos de graduação, e verificar as categorias que emergem a partir das manifestações dos estudantes. O instrumento de avaliação desenvolvido foi aplicado nos cursos de graduação a distância, oferecidos pela FURG.
O instrumento de avaliação proposto consiste de itens fechados e abertos. Os itens fechados foram analisadas através da análise descritiva e análise fatorial. A primeira permitiu uma apreciação preliminar dos itens da avaliação. Já a segunda possibilitou identificar oito dimensões de avaliação da modalidade a distância, bem como readequar alguns dos aspectos dimensionados inicialmente, evidenciando o potencial dessa técnica em auxiliar na compreensão das relações existentes no fenômeno pesquisado. Já as manifestações dos estudantes, nas questões abertas, foram apreciadas com base na Análise Textual Discursiva que possibilitou estabelecer um diálogo entre as falas dos estudantes e os teóricos que subsidiaram o estudo.
Reconheço a importância do diálogo entre a análise quantitativa e qualitativa, uma complementando a outra, uma retornando sua ação sobre a outra. Quanti e quali como sendo dois processos enredados e entranhados um com o outro e que participam, solidariamente, do processo de avaliação. Nesse sentido, o passo final da tese será verificar a contribuição da análise quantitativa e qualitativa no processo de avaliação da modalidade a distância e apresentar o entrelaçamento entre os resultados obtidos em ambas. Os resultados obtidos nesta pesquisa possibilitarão que a instituição (re)planeje e (re)estruture essa modalidade de ensino, à luz das contribuições dos estudantes.
SUZI, ESTÁ PERFEITO.
Suzi
Projeto Cláudia
Nas últimas décadas, a sociedade brasileira vem percebendo a necessidade de melhorar a qualidade de ensino oferecida à maioria da população. A forma tradicional, onde predomina a idéia de que o ensino consiste em repassar os conhecimentos para o aluno, utilizando basicamente a exposição verbal da matéria pelo professor, não esta alcançando o objetivo principal da escola que é a aprendizagem do aluno.
A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) e mais recentemente o referencial curricular Lições do Rio Grande, trazem uma proposta pedagógica baseada nas teorias construtivistas pós piagetiana.
Através dos trabalhos de Piaget e sua equipe, sabemos que os processos que conduzem por exemplo a noções de matemática, leituras, escrita, não passam por memorizações, mas sim por um processo ativo de construção por parte do sujeito que só assim conseguirá apropriar-se verdadeiramente do conhecimento. A escola deve respeitar a individualidade e incentivar a potencialidade do aluno, encorajando-o a criar suas próprias hipóteses em relação ao objeto do conhecimento, ou seja, a efetiva aprendizagem ocorre através de um processo de construção.
As Escolas estaduais a partir de 2010, contam com um novo referencial curricular Lições do Rio Grande, onde as disciplinas passam a ser trabalhadas por áreas de conhecimento (área das Ciências Humanas (Geografia, história, sociologia e filosofia), Ciências da Natureza (Biologia, Química e Física), Linguagens e Códigos (português, literatura, língua estrangeira, ed. Física e artes visuais) e finalizando a matemática) e suas tecnologias. Hoje sabemos que para uma educação de qualidade é necessário levar a escola a tecnologia da informação, mas para que esse processo seja incorporado às práticas pedagógicas os professores precisam ser capacitados para utilizarem essas tecnologias como ferramentas educacionais
Entre os principais fundamentos desse referencial está a formação continuada dos professores; o trabalho interdisciplinar, por isso áreas de conhecimento, para que não haja necessidade de projetos específicos para que isso ocorra e sim seja incorporada no plano do professor de modo contínuo; e a contextualização dos currículos, levando em conta as experiências de vida dos alunos e o que é relevante em relação aos conteúdos escolares para assim atingir seus objetivos que é proporcionar aos alunos competências e habilidades.
Texto de Cristina
A formação de professores, nos últimos cinco anos, também tem sido foco de atenção do Ministério de Educação, com o lançamento de Programas de apoio às Licenciaturas, o que contribui na implementação de uma política institucional para estes cursos. Dentre estes está o Programa de Consolidação das Licenciaturas – PRODOCÊNCIA, do qual a FURG participa desde 2006, buscando a qualificação da formação de seus acadêmicos, bem como da melhoria da estrutura curricular dos seus cursos de licenciatura. Sou responsável pelo projeto institucional desde 2007 e neste sentido estabeleci como foco da proposta de tese a seguinte questão: Em que sentido a experiência no Projeto Institucional integrado ao Programa de Consolidação das Licenciaturas - PRODOCÊNCIA (DEB/CAPES) tem contribuído na formação dos acadêmicos do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas? da FURG.
Entre algumas das temáticas que tenho pensado, destaco o espaço das práticas pedagógicas desenvolvidas durante a formação inicial, a partir de ações coletivas por meio de projetos institucionais, como relevante no desenvolvimento da formação dos licenciados, no sentido de provocar discussões, reflexões e aprendizagens com base no cotidiano da escola. Com este estudo viso constatar como esta ação integrada com acadêmicos de outros cursos de licenciatura, atuando na construção, desenvolvimento e aplicação de oficinas de caráter interdisciplinar, contribuirá na formação do futuro profissional, estudante dos cursos de licenciatura da FURG.
Quando se discute sob o ponto de vista da Teoria de Piaget na qual a aprendizagem é provocada por situações e dependente do desenvolvimento do indivíduo, que a aprendizagem ocorre por que o indivíduo se desenvolve, penso que além de refletir sobre “Que professor de Ciências e Biologia estamos formando?” começo a questionar se o licenciando está sendo levado a discutir e refletir sobre como será sua atuação como professor frente a esta questão. Pois este aluno esta sendo preparado para trabalhar na educação básica, onde se defrontará com indivíduos em diferentes estádios de desenvolvimento e que em um mesmo grupo de alunos de uma sala de aula eles estarão aptos ou não para operar sobre determinadas formas do ensino. Se o futuro professor está se conscientizando de que o desenvolvimento do conhecimento é diferente do processo de aprendizagem, como irá adequar suas estratégias de ação no processo de ensino. Como o projeto Prodocência poderá contribuir para esta reflexão, para que o licenciando não reproduza aulas que “recebeu” e que não irão desencadear em seus alunos um processo de aprendizagem, um processo de assimilação.
Texto Daniel C Tavares
A televisão é o eletrodoméstico mais vendido no mundo, presente em 91,4% dos domicílios Brasileiros, chegando a praticamente todos os municípios 99,4%, representa um forte instrumento de integração e fortalecimento de valores, conectando o cidadão com o país e o mundo.
Junto a isso se aproxima uma nova fase tecnológica e comportamental, ou seja, a televisão está deixando de ser um meio de comunicação passivo. A TV digital interativa traz ao telespectador a possibilidade de fazer compras, participar de enquetes, mandar e-mails, checar saldo bancário, personalizar a programação e muito mais, através do seu controle remoto. Outro recurso oferecido é o T-Commerce, nome para o comércio eletrônico feito via TV interativa.
Por outro lado, os Ambientes Virtuais 3D, possibilitam a inserção do usuário no cenário virtual criado por tecnologias de software, permitindo o uso da interatividade, navegabilidade e imersão, caracterizando o uso da realidade virtual.
A realidade virtual trata-se de uma tecnologia avançada capaz de proporcionar ao usuário a possibilidade de explorar um ambiente virtual de maneira semelhante ao ambiente real. De posse da atual tecnologia em sensores e dispositivos de percepção, o usuário pode navegar pelo ambiente, descobrindo e visualizando objetos em ângulos diferentes, bem como atuando no cenário no qual está imerso.
O ensino a distancia apresenta características variantes de acordo com o contexto e com os meios utilizados para sua concretização, sendo fundamental o uso de pressupostos epistemológicos orientando a sua utilização.
Pode-se afirmar que a tecnologia do Sistema Brasileiro de Televisão Digital permite suporte à interatividade. Linguagens em 3D apresentam procedimentos para a descrição de ambientes 3D interativos. Devido à similaridade em funcionalidades interativas, surgem a seguintes questões: Porque não portar as características de navegação e interatividade de ambientes 3D interativos para o sistema brasileiro de televisão digital? Seria viável utilizar a ferramenta proposta no âmbito EAD?
Apresentadas tecnologias como: televisão digital, ambientes 3D interativos e ensino a distância (EAD). Tentaremos vincular com o que está sendo apresentado na disciplina de teorias da aprendizagem, especificamente com o texto “desenvolvimento e aprendizagem de Jean Piaget”. Tentando iniciar uma proposta de projeto para o Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências.
Piaget baseia sua doutrina através do intercâmbio do sujeito (homem) com o objeto (meio-físico-social), a obtenção está pautada no método de equilibração e considera as suas aprendizagens antecedentes, a partir de novas ocorrências. O uso de práticas baseadas em jogos, pesquisas e trabalhos em grupo, no qual a tarefa do professor não pode ser exclusivamente transmitir o conhecimento, mas provocar a sua construção.<- NAO ENTNEDI ESSA FRASE. Piaget ainda descreve que o desenvolvimento do conhecimento é um processo espontâneo ligado ao processo global da embirogênese. E que a aprendizagem é provocada por situações geradas através de um experimentador psicológico.
Nossa, o texto está virando uma salada de frutas, a definição do projeto está em fase inicial, envolvendo televisão digital, ambientes virtuais, EAD. Projeto orientado por modelos epistemológicos, o desafio é extrair o suco desta salada de frutas.
Flores de Energia: a popularização da ciência e a transformação da realidade socioambiental no espaço do NEMA
Penso nessa performance quando defino meu tema de pesquisa e em tentar explicar o fenômeno, a essência desse conhecimento, opero a partir dos fatores como a maturação do meu corpo, da experiência que me fez construir estruturas cognitivas para chegar na definição do tema, a transmissão lingüística e educacional que me constituíram e a equilibração, que como o planeta Terra se auto-regula, se organiza a fim de retroalimentar o sistema. Transformo e me transformo durante a pesquisa. Fui estimulada a escrever uma tese e nesse caminhar aprendo. Contextualizar uma experiência em um método como possibilidade de transferir à uma generalização. Todo o desenvolvimento é composto de conflitos e incompatibilidades momentâneas que devem ser ultrapassadas um nível mais alto de equilíbrio. É como passar de uma situação limite para outra limite, a de defender uma tese e passar a ser doutora.
Durante a leitura do texto refleti sobre a formação e difusão de profissionais que o NEMA tem como proposta. Como será que se deu esse tempo de aprendizagem para todos nós? Quantas vezes nos deparamos com situações que necessitam ser transformadas. Daí aquele reforço interno se materializa na eliminação de incompatibilidades e conflitos teóricos e metodológicos. Não deixa de ser uma investigação psicológica, piagetianamente falando, compreender como passamos de um estado de menor conhecimento a um estado de maior conhecimento, capaz de popularizar a ciência e transformar a realidade. Minha pesquisa vai encontrar os sujeitos que formam e formaram o NEMA. Cada um com seu conhecimento prévio, idades variadas, vivendo em épocas diferentes, em contextos sociais e históricos que apesar de diversos foram para o NEMA construir suas identidades profissionais. Sem falar nos filhos do NEMA, crianças que participaram durante anos das atividades de Educação Ambiental, cursos, oficinas e que hoje são profissionais na área ambiental.
Apresento neste contexto minha hipótese: O NEMA – Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental produz e populariza conhecimento científico e transforma a realidade socioambiental no extremo sul do Brasil, por meio dos intelectuais orgânicos que constitui. A pesquisa tem como objetivos resgatar a trajetória do NEMA no tempo e no espaço; analisar as narrativas dos profissionais que atuaram no NEMA; identificar e analisar os mecanismos pelos quais o conhecimento científico produzido no espaço do NEMA é popularizado e transforma a realidade socioambiental no extremo sul do Brasil. Tratando-se de transformação da realidade a pesquisa terá como linha de pensamento a concepção de mundo materialista. Neste mundo a realidade é considerada um processo em movimento, em transformação, contraditório, além de ser histórica, pois existe independentemente da consciência. No pensamento materialista dialético se destaca a unidade da teoria e prática e o conhecimento nasce da prática. O porquê da pesquisa percorrer este pensamento deve-se à alma do trabalho, os intelectuais orgânicos! Este conceito partiu de Antonio Gramsci, que desponta como um dos grandes teóricos da teoria social marxista. Para Gramsci o intelectual é mais do que uma pessoa das letras, ou um produtor e transmissor de idéias. Os intelectuais são também mediadores, legitimadores, e produtores de práticas sociais; eles cumprem uma função de natureza eminentemente política. Este aspecto me interessa uma vez que o NEMA surgiu nesse movimento de resistir ao conhecimento e práticas sufocantes que constituem nossas práticas sociais. Intelectuais transformadores que aglutinam outros, a fim de romper com a opressão, fornecendo dessa forma a liderança da ética, da política e da pedagogia para a criticidade da realidade. O trabalho apoiar-se-á em uma ampla revisão bibliográfica que trate das questões delineadas nos objetivos, caracterizando-se assim como uma pesquisa de base teórica. O método documental terá importante participação para resgate e análise do tema da investigação. Serão realizadas conversas com integrantes e filhos do NEMA. A análise textual discursiva dará conta para a análise dos relatos. Como resultados vislumbro a possibilidade do NEMA contribuir na vanguarda da construção dialógica do saber com os movimentos sociais e de como estes saberes poderiam ser implementados na práxis destes movimentos, no fronte da relação natureza e sociedade.
Com certeza se meu foco fosse realizar um estudo acerca do conhecimento, as teorias de Piaget iriam fazer parte do meu referencial teórico. No momento apenas sei que posso ter uma melhor compreensão, a partir dele, do alcance do conhecimento e isso é muito bom. (799 palavras)
Resumo Giulia
Em uma sala de aula vivenciamos diariamente situações que nos colocam em confronto com a maneira como nossos alunos aprendem. De forma geral, pensamos que uma aula que utiliza teoria, exemplos práticos e exercícios levarão a aprendizagem que se reflete em significativas notas. Muitas vezes, ao terminarmos uma aula temos a idéia de que tudo que passamos aos nossos alunos foi por eles assimilado e então aprendido. Surge então um equívoco, pois nem sempre o aluno consegue agir sobre o objeto de conhecimento. Cada indivíduo encontra-se em um estágio de desenvolvimento, o qual segue uma cronologia, mas, não possui idade fixa. Diante disto, surge a necessidade de analisarmos com maior cuidado o desenvolvimento do conhecimento dos indivíduos. Verificar como os alunos organizam e coordenam as idéias que são propostas a eles. Todos nós nos sentimos instigados quando algo novo surge em nosso meio. Porém cada um organiza o novo de uma forma diferente. O processo de adaptação e organização do organismo diante de uma situação nova nos conduz a construção contínua de novas estruturas de conhecimento. São as estruturas de conhecimento que nos permite a adaptação a realidade que nos rodeia. Quando desejamos interpretar o mundo desenvolvemos ações internas, ou seja, passamos a agir diante do objeto do conhecimento e, assim desenvolvemos estruturas que irão promover as respostas diante do novo.
Acredito que a dificuldade na aprendizagem de alguns conteúdos de Química esteja, muitas vezes, relacionada com a falta de conhecimento, por parte de nós professores, a respeito da maneira como nossos alunos organizam, ordenam e coordenam os conceitos que passamos a eles. A organização das idéias rege o princípio da aprendizagem. Os alunos organizam assimilam e adaptam as idéias propostas com o intuito de atingir a estabilidade diante do novo. A ação sobre o objeto de conhecimento promove mudanças efetivas no pensamento conduzindo a um processo de equilibração.
A aprendizagem é atingida durante o processo de equilibração, ou seja, quando nos sentimos desafiados e questionados diante de algo novo, buscamos interpretá-lo na busca pelo equilíbrio. A organização e coordenação de idéias devem ser estimuladas em nossos alunos para que eles possam formar estruturas lógicas e assim assimilarem e acomodarem os conteúdos. Acredito que essa questão seja a mais desafiadora a nós professores: propor conteúdos de forma que os alunos se sintam motivados a agir sobre eles e sejam capazes de reportar os conhecimentos adquiridos as situações novas que poderão surgir dentro do Ensino de Química. A aprendizagem só ocorre se tornarmos o objeto de estudo interessante se formos capazes de fazer com que os alunos utilizem os conteúdos como ferramentas na construção de estruturas que levam ao conhecimento.
Fabrício Freitas
Desenvolvimento e aprendizagem nas Progressões
Atualmente o ensino das progressões é, em sua maioria, tratado nas escolas de forma diretista DIRETIVA (empirista), pois são os conteúdos são trabalhados de forma direta, sem que o aluno seja instigado a pensar. Os conceitos e fórmulas são dados e não explorados.
Com a teoria piagetiana, entendemos que esta forma de abordagem da fórmula das progressões prejudica o estudante de assimilar estas ideias, pois não existem estruturas suficientes para equilibrar este novo assunto. Com certeza, existem conhecimentos que permitam ao sujeito entender o principio (ACENTO) dos conceitos deste assunto, pois, em algum momento, ele já se deparou com determinada situação que envolveu a ideia de sucessões, porém sem estar formalizada.
Como exemplo de uma situação em que o sujeito deva pensar a respeito é a de uma família de bactérias que dobra de tamanho a cada dia, sabendo-se que ela iniciou com uma bactéria. Pergunta-se em que dia ela estará na metade de determinado volume, sendo que no décimo dia ela completará este volume. (PONTO DE INTERROGAÇÃO)
Este simples exemplo pode nos ajudar a introduzir o assunto em uma sala de aula onde os estudantes nunca tiveram contato com progressões, mas, provavelmente, já estudaram as bactérias em Biologia. Entendemos que esta construção do conhecimento pode ser trabalhada de forma prática, sem a necessidade de uma colônia de bactérias, podemos utilizar uma folha de papel e irmos dobrando ela até que cheguemos à conclusão do exemplo dado. A folha se torna um instrumento para o entendimento da questão e, ao mesmo tempo, facilita a equilibração do sujeito, através das assimilações e acomodações.
Baseado nisto, cremos que, partindo de situações criadas para o favorecimento da aprendizagem, o sujeito terá maior facilidade em assimilar e acomodar – equilibrando-se – os conceitos trabalhados. Iniciando o trabalho por situações-problemas em níveis básicos E QUAIS SERIAM ESSES NÍVEIS BÁSICOS? de estruturas vamos buscando que o aluno re-equilibre para passarmos a uma nova estrutura. Com isto, vamos avançando no conteúdo e na construção dos esquemas deste sujeito. Ao completarmos os conteúdos de progressões esperamos que o sujeito não necessitasse utilizar-se de formulários ou “colas” para que decore o método que deve aplicar. Queremos que o estudante entenda o funcionamento das progressões e que consiga resolver qualquer situação, diária ou não, de forma em que o seu raciocínio lógico-matemático esteja pronto e capaz de solucionar as situações que por ventura venham a ocorrer.